quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Originalidade, perseverança e a mais obscura arte em nome de Lúcifer!

Por Renato Nascimento: Uma das minhas hordas favoritas nos concedeu a honra de uma entrevista, geralmente faço uma apresentação mais longa das bandas/hordas...mas creio que essa, com certeza, dispensa qualquer apresentação! É com muita satisfação que lhes disponho essa entrevista: LUCIFERIANO


Saudações guerreiro! Antes de mais nada, e sem demagogia, gostaria de dizer que o Luciferiano é uma de minhas hordas favoritas, e é uma honra ter vocês no nosso humilde webzine.
Poderia nos falar um pouco sobre os primórdios da banda, lembro-me de ter adquirido a demo (que saiu em 2001) e me impressionado com sonoridade única da horda. Quais sãos as influências e propostas ideológicas da mesma?

R : Em primeiro lugar gostaria de agradecer ao irmão Renato Nascimento por esta oportunidade de participar deste webzine no qual nos sentimos honrados.  Pois bem, o  Luciferiano surgiu no ano de 1999 na cidade de Joinville - SC e foi formado por Antonio Gonçalves - guitarra (Judas Iscariotes - ex Impuro), Jack Camargo - baixo (Kcaj – ex-Yoggoth), Berkley - bateria (Shempharuaim - ex Imperum Tenebrae) e Geovane Poncio - vocal (Zortis - ex Imperum Tenebrae).  No ano 2000 lançamos a nossa primeira demo independente intitulada  “Luciferiano” que no ano seguinte (2001) foi relançada pelo selo paranaense Chaos 666 Records tendo uma boa repercussão no cenário brasileiro.  O som do Luciferiano é o que podemos chamar de Black/Heavy, uma mistura destes dois gêneros que são bem notados ao ouvir a banda. Algumas das letras das músicas falam sobre liberdade e outras não passam de um grande deboche a hipocrisia e ao fanatismo religioso, responsável pela decadência da humanidade, que ao invés de proporcionarem um mundo justo e igualitário para todos, promovem a divisão dos homens, que é o maior interesse dos senhores do poder.

Zortis (falecido em 09 de maio de 2010)
Sobre a morte do vocalista Zortis, que com certeza deixou todos os fãs do Luciferiano abalados, poderia nos revelar alguns detalhes sobre a causa, e sobre o que isso ocasionou para a horda na época?

R: O nosso amigo Geovane Poncio (Zortis) teve uma infecção generalizada ocasionada por uma espinha de peixe, que o fez entrar em coma induzido no hospital e não conseguiu resistir , vindo a falecer. Para nós foi um momento difícil pois além da perda de um amigo também perdemos um grande vocalista e batalhador da cena.  Ficamos parados durante um tempo até “a ficha cair” mas logo nos levantamos novamente e demos seguimento a banda.

Qual a formação atual do Luciferiano?
R:  Atualmente o Luciferiano é composto por Antonio Gonçalves – guitarra, Gilson Mjolnir – bateria, Shemramforash Luciferiano – vocal  e Waldecir Monteiro – baixo.

Os trabalhos “A Face do Cão” e “O Opositor” adquiram respaldo e respeito perante os apreciadores do estilo, talvez pela grande criatividade e variedade que a horda apresenta, musicalmente falando. Conte-nos um pouco sobre o respaldo destes trabalhos, chegaram a ser lançados fora do país?

R:  Os álbuns “A Face do Cão” e “Opositor”  nos renderam críticas positivas e um bom número de apresentações nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, mas foram trabalhos que ficaram restritos ao nosso país. Talvez os selos Sonic Blaster , que lançou “A Face do Cão” e a Suprema Agonia Records , que lançou o “Opositor” tenham divulgado estes trabalhos no exterior.

O Luciferiano possui quase 15 anos de estrada, conte-nos sobre as experiências positivas e também negativas desta longa jornada no cenário underground.

R:  As experiência positivas ficam por conta das apresentações, viagens, festas, conhecer novas pessoas e novos lugares. Quanto ao negativo, sem dúvida está relacionada a perda de dois membros da banda, primeiro foi o Roberto de Almeida – guitarra (Agramariu) que cometeu suicídio devido a uma forte crise de depressão, e uns tempos depois, foi o falecimento do Geovane Poncio – vocal (Zortis).

Como é o cenário extremo em Joinville? Conte-nos um pouco também o cenário catarinense.

R: Atualmente estou morando em São Francisco do Sul, que é uma cidade litorânea a 60 km de Joinville, mas pelo que observo a cidade está  entre bandas de Heavy Metal e algumas de Death Metal, já aqui na cidade onde estou morando, por ser pequena, a cena está começando a se desenvolver. Já sobre a cena catarinense, temos ótimas bandas e uma boa freqüência de shows.

Já faz algum tempo que o álbum “O Opositor” foi lançado, existem planos para um novo trabalho, se sim, podemos espera-lo para meados de que data?

R:  Para este ano de 2015 ficaremos mais ligados em apresentações e divulgar um pouco mais o CD “Opositor” mas também já estamos pensando em novas composições para que em 2016 entremos em estúdio novamente.

Para finalizar, peço que comente 3 obras nacionais do metal extremo que vc ache que me merecem serem ouvidas pelos apreciadores do estilo.

R: Há um número enorme de bandas nacionais que estão fazendo um excelente trabalho, então prefiro não citar algumas para não cometer a injustiça de deixar outras tantas de fora.

Muito obrigado pela entrevista, Ficamos extremamente honrados, vida longa ao Luficeriano!

R:  Mais uma vez eu lhe agradeço Renato Nascimento pela oportunidade dada ao Luciferiano e esperamos poder ter contribuído de forma significativa. Grande abraço!


P.S: Sobre o hiato de um ano do webzine, farei uma matéria especial, tenho certeza que se criarão muitas inimizades, mas os reais ENTENDEDORES e APRECIADORES, não os farsantes metidos a extremistas que por trás do facebook são homens e pela frente devem ser uns "borra calças", entenderão nosso propósito, que é fazer o que poucos se propõe a fazer por aí: divulgar o idealismo e o propósito por trás da música, ao contrário desses webzines idiotas com perguntas tolas e superficiais que vemos por aí. Por enquanto é só, peço aos inimigos que se preparem pois vamos cuspir ácido, e estamos preparados para confrontos físicos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário