sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Christophobia, aversão e repúdio ao dogmastismo arcáico


Por Renato Nascimento
O projeto one man band Christophobia, foi idealizado recentemente por mim, que para os que não sabem sou editor do Ruído Macabro, e acabou se tornando uma banda/horda (chamem como preferirem), e não mais apenas um projeto, com a entrada dos warbrothers: Vulto (baixo), Lamentos (bateria) e Typhon (guitarra, João Martioro, também editor do webzine)



                                                            Nome:
O nome refere-se à aversão, repúdio, medo e tudo o que te repele e te causa aversão exagerada ou te mantém longe de algo, no caso o messias Jesus Cristo. A existência de Jesus Cristo trouxe ao nosso mundo através do culto ao mesmo, como muitos já sabem; guerras, destruição, mortes, e demais “benfeitorias”, então nada mais óbvio que nos mantermos longe dessa prole parasítica cristã.
Agora: se sentimos medo do judeu fracassado, também conhecido como Jesus Cristo? De maneira alguma, o nome da banda é apenas uma das maneiras de induzirmos os nossos ouvintes ou espectadores a se questionarem até sobre o que estão ouvindo, uma maneira de fazer quem se interesse pela banda procurar entender o que há por trás desse nome, e mostrar que não somos mais uns “fodões”, “beberrões” que esbravejam anseio de morte ao cristianismo, mas apenas ficam escondidos atrás de suas redes sociais, CDs, guitarras, camisetas, e que na hora de mostrarem sua ideologia, gaguejam e ficam a repetir jargões cansativos que ouvimos cena a fora. E além do mais, e principal de tudo: um grande foda-se aos que não gostarem, ou deixarem de ouvir a banda por causa do nome, só mostram que não possuem cérebro pra entender, ou pelo menos, tentar entender algo.




Ideologia, música:

Temas como: críticas e ofensas ao dogmatismo religioso e a os seus líderes, messias, profetas, serão muito abordados, não queremos reinventar o estilo com temas diversos, mas enfatizar o que realmente nos trouxe ao Black Metal, e praticar o estilo da maneira mais primitiva e crua que pudermos, sem nos influenciar pela indústria musical e seus motivos, que querendo ou não, acabam refletindo no estilo (a ausência de um logo mais complexo é uma forma de protesto a isso, e aos que se curvam perante a isso).

Sentimentos mórbidos, delírios caóticos e nossa fascínio pelos corpos sepultos em decomposição, serão expressados também, e a impostação vocal, que vai um pouco além do gutural grave e agudo, permite que se expresse o mesmo de maneira mas dinâmica.




                                                                                   Continua...


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Direto do interior do PR, um trator de coesão e brutalidade, que esmaga os tímpanos do público! Sangrano!

Por Renato Nascimento: Brutalidade e coesão, tanto ideológica quanto musical, é assim que podemos resumir a banda de Sertanópolis (interior do PR) Sangrano, que pratica um H.C. de deixar muitas bandas que se propõe a tocar estilos mais extremos “no chinelo” em termos de peso e rispidez. O guitarrista da banda, Matheus Kuss, nos cedeu essa entrevista que explicita um pouco mais do que a banda é, confiram!



 
Antes de mais nada, gostaria de dizer que é um prazer fazer essa entrevista com esse grande brother, que brutaliza com sua banda, Sangrano, que nos demonstra violência e coesão em sons curtos e eficientes.
Matheus, muito obrigado pela entrevista! Poderia nos falar sobre os princípios ideológicos do Sangrano?


R: Valeu Renato, a gente que agradece a oportunidade. Então cara basicamente a gente fala sobre política e o comportamento escroto do ser humano, muito por culpa do nosso país e cidade, acho que grande parte das pessoas não concordam com toda essa palhaçada feita por nossos representantes país a fora.  Quanto ao comportamento das pessoas, moramos no interior você deve saber o que rola né velho, comentários, estereótipos, isso reflete bem no nosso som também.

Sobre as influencias relacionadas à musicalidade, poderia nos falar um pouco?

R: Cara desde Thrash Metal; Slayer, Sepultura, Hardcore; Ratos de porão, Dead Kennedys, Punk Rock, vai de tudo velho, cada membro dá sua pitada e vai ficando com a cara da banda ...

Como têm sido o respaldo do Sangrano nas apresentações?

R:Tenho ouvido bastante criticas positivas, galera esta gostando, batendo cabeça pra caralho !!!

Sobre lançamentos oficiais (em formato físico), quando vamos poder contar com algum?

R: É o próximo passo, juntar a grana pra lançar algo, como toda banda underground o osso é o dinheiro, mas estamos caminhando pra isso.


O Sangrano não possui baixo, na minha opinião não atrapalhou na questão do peso, mas os que o público pensa a esse respeito, sendo que vemos que muitas vezes há pessoas que estão presas aos padrões do Rock em geral, que geralmente apresenta esse instrumento.

R:Já ouvimos pessoas falando antes da gente tocar que não iria virar, e essas mesmas falaram que não precisa de baixo, o rock em si é muito estereotipado, e vai continuar sem baixo essa porra.

Qual a sua opinião sobre o cenário musical da música extrema aqui na nossa região?

R:Tem banda pra caralho, e bandas boas, originais, o problema e o espaço pra expor essas bandas, geralmente fica restrito a banda cover, não achamos que banda cover é ruim, mas acho que tem que ter lugar pra todo mundo.

Matheus, muito obrigado novamente por nos conceder essa entrevista, e parabéns pelo excelente trabalho que vocês vêm desempenhando com o Sangrano! 


R:Valeu Renato, prazer brother, ótimo trabalho do Ruído Macabro !!!


Formação:

Adriano Zanoni - Vocal
Matheus Kuss - Guitarra 
Carlos Oliveira - Bateria 

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Originalidade, perseverança e a mais obscura arte em nome de Lúcifer!

Por Renato Nascimento: Uma das minhas hordas favoritas nos concedeu a honra de uma entrevista, geralmente faço uma apresentação mais longa das bandas/hordas...mas creio que essa, com certeza, dispensa qualquer apresentação! É com muita satisfação que lhes disponho essa entrevista: LUCIFERIANO


Saudações guerreiro! Antes de mais nada, e sem demagogia, gostaria de dizer que o Luciferiano é uma de minhas hordas favoritas, e é uma honra ter vocês no nosso humilde webzine.
Poderia nos falar um pouco sobre os primórdios da banda, lembro-me de ter adquirido a demo (que saiu em 2001) e me impressionado com sonoridade única da horda. Quais sãos as influências e propostas ideológicas da mesma?

R : Em primeiro lugar gostaria de agradecer ao irmão Renato Nascimento por esta oportunidade de participar deste webzine no qual nos sentimos honrados.  Pois bem, o  Luciferiano surgiu no ano de 1999 na cidade de Joinville - SC e foi formado por Antonio Gonçalves - guitarra (Judas Iscariotes - ex Impuro), Jack Camargo - baixo (Kcaj – ex-Yoggoth), Berkley - bateria (Shempharuaim - ex Imperum Tenebrae) e Geovane Poncio - vocal (Zortis - ex Imperum Tenebrae).  No ano 2000 lançamos a nossa primeira demo independente intitulada  “Luciferiano” que no ano seguinte (2001) foi relançada pelo selo paranaense Chaos 666 Records tendo uma boa repercussão no cenário brasileiro.  O som do Luciferiano é o que podemos chamar de Black/Heavy, uma mistura destes dois gêneros que são bem notados ao ouvir a banda. Algumas das letras das músicas falam sobre liberdade e outras não passam de um grande deboche a hipocrisia e ao fanatismo religioso, responsável pela decadência da humanidade, que ao invés de proporcionarem um mundo justo e igualitário para todos, promovem a divisão dos homens, que é o maior interesse dos senhores do poder.

Zortis (falecido em 09 de maio de 2010)
Sobre a morte do vocalista Zortis, que com certeza deixou todos os fãs do Luciferiano abalados, poderia nos revelar alguns detalhes sobre a causa, e sobre o que isso ocasionou para a horda na época?

R: O nosso amigo Geovane Poncio (Zortis) teve uma infecção generalizada ocasionada por uma espinha de peixe, que o fez entrar em coma induzido no hospital e não conseguiu resistir , vindo a falecer. Para nós foi um momento difícil pois além da perda de um amigo também perdemos um grande vocalista e batalhador da cena.  Ficamos parados durante um tempo até “a ficha cair” mas logo nos levantamos novamente e demos seguimento a banda.

Qual a formação atual do Luciferiano?
R:  Atualmente o Luciferiano é composto por Antonio Gonçalves – guitarra, Gilson Mjolnir – bateria, Shemramforash Luciferiano – vocal  e Waldecir Monteiro – baixo.

Os trabalhos “A Face do Cão” e “O Opositor” adquiram respaldo e respeito perante os apreciadores do estilo, talvez pela grande criatividade e variedade que a horda apresenta, musicalmente falando. Conte-nos um pouco sobre o respaldo destes trabalhos, chegaram a ser lançados fora do país?

R:  Os álbuns “A Face do Cão” e “Opositor”  nos renderam críticas positivas e um bom número de apresentações nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, mas foram trabalhos que ficaram restritos ao nosso país. Talvez os selos Sonic Blaster , que lançou “A Face do Cão” e a Suprema Agonia Records , que lançou o “Opositor” tenham divulgado estes trabalhos no exterior.

O Luciferiano possui quase 15 anos de estrada, conte-nos sobre as experiências positivas e também negativas desta longa jornada no cenário underground.

R:  As experiência positivas ficam por conta das apresentações, viagens, festas, conhecer novas pessoas e novos lugares. Quanto ao negativo, sem dúvida está relacionada a perda de dois membros da banda, primeiro foi o Roberto de Almeida – guitarra (Agramariu) que cometeu suicídio devido a uma forte crise de depressão, e uns tempos depois, foi o falecimento do Geovane Poncio – vocal (Zortis).

Como é o cenário extremo em Joinville? Conte-nos um pouco também o cenário catarinense.

R: Atualmente estou morando em São Francisco do Sul, que é uma cidade litorânea a 60 km de Joinville, mas pelo que observo a cidade está  entre bandas de Heavy Metal e algumas de Death Metal, já aqui na cidade onde estou morando, por ser pequena, a cena está começando a se desenvolver. Já sobre a cena catarinense, temos ótimas bandas e uma boa freqüência de shows.

Já faz algum tempo que o álbum “O Opositor” foi lançado, existem planos para um novo trabalho, se sim, podemos espera-lo para meados de que data?

R:  Para este ano de 2015 ficaremos mais ligados em apresentações e divulgar um pouco mais o CD “Opositor” mas também já estamos pensando em novas composições para que em 2016 entremos em estúdio novamente.

Para finalizar, peço que comente 3 obras nacionais do metal extremo que vc ache que me merecem serem ouvidas pelos apreciadores do estilo.

R: Há um número enorme de bandas nacionais que estão fazendo um excelente trabalho, então prefiro não citar algumas para não cometer a injustiça de deixar outras tantas de fora.

Muito obrigado pela entrevista, Ficamos extremamente honrados, vida longa ao Luficeriano!

R:  Mais uma vez eu lhe agradeço Renato Nascimento pela oportunidade dada ao Luciferiano e esperamos poder ter contribuído de forma significativa. Grande abraço!


P.S: Sobre o hiato de um ano do webzine, farei uma matéria especial, tenho certeza que se criarão muitas inimizades, mas os reais ENTENDEDORES e APRECIADORES, não os farsantes metidos a extremistas que por trás do facebook são homens e pela frente devem ser uns "borra calças", entenderão nosso propósito, que é fazer o que poucos se propõe a fazer por aí: divulgar o idealismo e o propósito por trás da música, ao contrário desses webzines idiotas com perguntas tolas e superficiais que vemos por aí. Por enquanto é só, peço aos inimigos que se preparem pois vamos cuspir ácido, e estamos preparados para confrontos físicos.