sábado, 7 de março de 2015

Overall Miscreation: Brutalizando o norte do Paraná!

Por Renato Nascimento: Extremamente pesada e técnica foi a apresentação da banda Overall Miscreation no Ruído Macabro Fest (que aconteceu em Arapongas - PR no dia 21/02), onde pude me deparar com uma performance coesa e brutal, que agradou a todos os presentes sem exceção.
As composições são inspiradíssimas e com certeza a banda conseguiu firmar seus alicerces aqui na região, e em breve, em todo o país! 

Saudações! Primeiramente gostaria de elogiar a banda, pois a performance que pude presenciar foi sensacional, muito brutal e coesa!
Para darmos início a

entrevista, eu gostaria de saber qual a proposta ideológica/musical do Overall Miscreation?

R: Saudações Renato! Nossa proposta como banda é fazer um som pesado mas que não seja totalmente oldschool, nós buscamos também as técnicas, possibilidades e variações que existem no Metal Moderno, utilizando suas características na parte instrumental da banda. Já nos vocais, tentamos manter o mais agressivo possível, alternando entre gulturais graves e rasgados e unindo-os. Nossas letras abordam temas como: Anti-Religião, busca por esclarecimento, ficção, distorção da realidade e muita fatalidade.

A banda já possuí algum material à disposição, ou pretende fazer algum lançamento a curto prazo?

R: Nós ainda não temos um material físico ou lançado de fato, apenas disponibilizamos algumas faixas de demonstração na internet, mas muito em breve iremos lançar um EP, Não temos como dizer muito sobre ele, mas garantimos que será diferente de tudo o que você já viu.

Quais as principais influências musicas para a banda?

R: Bandas como Suffocation, Nile, Krisiun, Vader, At The Gates, Deicide, Vital Remains, Cannibal Corpse, Obituary, Necrophagist, Death, Hypocrisy, Kataklysm e muitas outras bandas de Metal Extremo.

Como está sendo a resposta do público aos shows? Pelo que pude ver no Ruído Macabro Fest, o Overall Miscreation está tendo um respaldo excelente durante as performances!

R: Então, as pessoas que escutam o nosso som em shows, geralmente nos apoiam, elogiam o som da banda e as técnicas de cada membro após o show e perguntam se temos algum lançamento físico o que é pra banda animador e motivante.

Como está a cena de Londrina e região na sua opinião?

R: Bom, recentemente vem aparecendo cada vez mais bandas o que é muito bom para a nossa cena, tanto em Londrina quanto na região. Pelo o que nós estamos presenciando, a cada semana que passa está acontecendo cada vez mais festivais, se você tem uma banda e quer tocar uma vez por mês está fácil demais de fazer é só querer. O único ponto negativo que é bem visível digo em Londrina é a falta de espaço para organizar shows, lugar está escasso e os shows acontecem sempre nos mesmos lugares fato que acontece por que a cena é uma ''cena fantasma'' ou seja grande parte das pessoas comparecem em um show e de repente desaparecem e tornam a voltar só quando uma banda de nome dá as caras aqui, assim a cena da cidade acaba enfraquecida por falta de presença do público. Mas mesmo assim, no geral a cena está crescendo, devagar mas está crescendo e esperamos que cresça ainda mais.

Para encerrar, cite 3 trabalhos do underground que vc considere indispensável para o apreciador de um bom som extremo.

R: Sem sombra de duvidas pra quem curte som extremo Deicide-Deicide é indispensável, uma obra da destruição. Outro álbum que também não deixa à desejar em absolutamente nada é o último álbum que o Death Lançou o The Sound of Perseverance, cara aquilo é animal do começo ao fim, não dá pra não ouvir até o fim quando começa a tocar. E por último mas não menos importante o poderoso Epitaph do Necrophagist que gostamos muito de ouvir por ter uma sacada brutal e mais técnica. Bom, foi um prazer responder as suas perguntas, nós do Overall Miscreation agradecemos pela oportunidade.


Muito obrigado pela entrevista guerreiro! E continuem com esse excelente trabalho!

Mais informações na página do Facebook da banda:  https://www.facebook.com/overallmiscreation?fref=ts

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Christophobia, aversão e repúdio ao dogmastismo arcáico


Por Renato Nascimento
O projeto one man band Christophobia, foi idealizado recentemente por mim, que para os que não sabem sou editor do Ruído Macabro, e acabou se tornando uma banda/horda (chamem como preferirem), e não mais apenas um projeto, com a entrada dos warbrothers: Vulto (baixo), Lamentos (bateria) e Typhon (guitarra, João Martioro, também editor do webzine)



                                                            Nome:
O nome refere-se à aversão, repúdio, medo e tudo o que te repele e te causa aversão exagerada ou te mantém longe de algo, no caso o messias Jesus Cristo. A existência de Jesus Cristo trouxe ao nosso mundo através do culto ao mesmo, como muitos já sabem; guerras, destruição, mortes, e demais “benfeitorias”, então nada mais óbvio que nos mantermos longe dessa prole parasítica cristã.
Agora: se sentimos medo do judeu fracassado, também conhecido como Jesus Cristo? De maneira alguma, o nome da banda é apenas uma das maneiras de induzirmos os nossos ouvintes ou espectadores a se questionarem até sobre o que estão ouvindo, uma maneira de fazer quem se interesse pela banda procurar entender o que há por trás desse nome, e mostrar que não somos mais uns “fodões”, “beberrões” que esbravejam anseio de morte ao cristianismo, mas apenas ficam escondidos atrás de suas redes sociais, CDs, guitarras, camisetas, e que na hora de mostrarem sua ideologia, gaguejam e ficam a repetir jargões cansativos que ouvimos cena a fora. E além do mais, e principal de tudo: um grande foda-se aos que não gostarem, ou deixarem de ouvir a banda por causa do nome, só mostram que não possuem cérebro pra entender, ou pelo menos, tentar entender algo.




Ideologia, música:

Temas como: críticas e ofensas ao dogmatismo religioso e a os seus líderes, messias, profetas, serão muito abordados, não queremos reinventar o estilo com temas diversos, mas enfatizar o que realmente nos trouxe ao Black Metal, e praticar o estilo da maneira mais primitiva e crua que pudermos, sem nos influenciar pela indústria musical e seus motivos, que querendo ou não, acabam refletindo no estilo (a ausência de um logo mais complexo é uma forma de protesto a isso, e aos que se curvam perante a isso).

Sentimentos mórbidos, delírios caóticos e nossa fascínio pelos corpos sepultos em decomposição, serão expressados também, e a impostação vocal, que vai um pouco além do gutural grave e agudo, permite que se expresse o mesmo de maneira mas dinâmica.




                                                                                   Continua...


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Direto do interior do PR, um trator de coesão e brutalidade, que esmaga os tímpanos do público! Sangrano!

Por Renato Nascimento: Brutalidade e coesão, tanto ideológica quanto musical, é assim que podemos resumir a banda de Sertanópolis (interior do PR) Sangrano, que pratica um H.C. de deixar muitas bandas que se propõe a tocar estilos mais extremos “no chinelo” em termos de peso e rispidez. O guitarrista da banda, Matheus Kuss, nos cedeu essa entrevista que explicita um pouco mais do que a banda é, confiram!



 
Antes de mais nada, gostaria de dizer que é um prazer fazer essa entrevista com esse grande brother, que brutaliza com sua banda, Sangrano, que nos demonstra violência e coesão em sons curtos e eficientes.
Matheus, muito obrigado pela entrevista! Poderia nos falar sobre os princípios ideológicos do Sangrano?


R: Valeu Renato, a gente que agradece a oportunidade. Então cara basicamente a gente fala sobre política e o comportamento escroto do ser humano, muito por culpa do nosso país e cidade, acho que grande parte das pessoas não concordam com toda essa palhaçada feita por nossos representantes país a fora.  Quanto ao comportamento das pessoas, moramos no interior você deve saber o que rola né velho, comentários, estereótipos, isso reflete bem no nosso som também.

Sobre as influencias relacionadas à musicalidade, poderia nos falar um pouco?

R: Cara desde Thrash Metal; Slayer, Sepultura, Hardcore; Ratos de porão, Dead Kennedys, Punk Rock, vai de tudo velho, cada membro dá sua pitada e vai ficando com a cara da banda ...

Como têm sido o respaldo do Sangrano nas apresentações?

R:Tenho ouvido bastante criticas positivas, galera esta gostando, batendo cabeça pra caralho !!!

Sobre lançamentos oficiais (em formato físico), quando vamos poder contar com algum?

R: É o próximo passo, juntar a grana pra lançar algo, como toda banda underground o osso é o dinheiro, mas estamos caminhando pra isso.


O Sangrano não possui baixo, na minha opinião não atrapalhou na questão do peso, mas os que o público pensa a esse respeito, sendo que vemos que muitas vezes há pessoas que estão presas aos padrões do Rock em geral, que geralmente apresenta esse instrumento.

R:Já ouvimos pessoas falando antes da gente tocar que não iria virar, e essas mesmas falaram que não precisa de baixo, o rock em si é muito estereotipado, e vai continuar sem baixo essa porra.

Qual a sua opinião sobre o cenário musical da música extrema aqui na nossa região?

R:Tem banda pra caralho, e bandas boas, originais, o problema e o espaço pra expor essas bandas, geralmente fica restrito a banda cover, não achamos que banda cover é ruim, mas acho que tem que ter lugar pra todo mundo.

Matheus, muito obrigado novamente por nos conceder essa entrevista, e parabéns pelo excelente trabalho que vocês vêm desempenhando com o Sangrano! 


R:Valeu Renato, prazer brother, ótimo trabalho do Ruído Macabro !!!


Formação:

Adriano Zanoni - Vocal
Matheus Kuss - Guitarra 
Carlos Oliveira - Bateria 

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Originalidade, perseverança e a mais obscura arte em nome de Lúcifer!

Por Renato Nascimento: Uma das minhas hordas favoritas nos concedeu a honra de uma entrevista, geralmente faço uma apresentação mais longa das bandas/hordas...mas creio que essa, com certeza, dispensa qualquer apresentação! É com muita satisfação que lhes disponho essa entrevista: LUCIFERIANO


Saudações guerreiro! Antes de mais nada, e sem demagogia, gostaria de dizer que o Luciferiano é uma de minhas hordas favoritas, e é uma honra ter vocês no nosso humilde webzine.
Poderia nos falar um pouco sobre os primórdios da banda, lembro-me de ter adquirido a demo (que saiu em 2001) e me impressionado com sonoridade única da horda. Quais sãos as influências e propostas ideológicas da mesma?

R : Em primeiro lugar gostaria de agradecer ao irmão Renato Nascimento por esta oportunidade de participar deste webzine no qual nos sentimos honrados.  Pois bem, o  Luciferiano surgiu no ano de 1999 na cidade de Joinville - SC e foi formado por Antonio Gonçalves - guitarra (Judas Iscariotes - ex Impuro), Jack Camargo - baixo (Kcaj – ex-Yoggoth), Berkley - bateria (Shempharuaim - ex Imperum Tenebrae) e Geovane Poncio - vocal (Zortis - ex Imperum Tenebrae).  No ano 2000 lançamos a nossa primeira demo independente intitulada  “Luciferiano” que no ano seguinte (2001) foi relançada pelo selo paranaense Chaos 666 Records tendo uma boa repercussão no cenário brasileiro.  O som do Luciferiano é o que podemos chamar de Black/Heavy, uma mistura destes dois gêneros que são bem notados ao ouvir a banda. Algumas das letras das músicas falam sobre liberdade e outras não passam de um grande deboche a hipocrisia e ao fanatismo religioso, responsável pela decadência da humanidade, que ao invés de proporcionarem um mundo justo e igualitário para todos, promovem a divisão dos homens, que é o maior interesse dos senhores do poder.

Zortis (falecido em 09 de maio de 2010)
Sobre a morte do vocalista Zortis, que com certeza deixou todos os fãs do Luciferiano abalados, poderia nos revelar alguns detalhes sobre a causa, e sobre o que isso ocasionou para a horda na época?

R: O nosso amigo Geovane Poncio (Zortis) teve uma infecção generalizada ocasionada por uma espinha de peixe, que o fez entrar em coma induzido no hospital e não conseguiu resistir , vindo a falecer. Para nós foi um momento difícil pois além da perda de um amigo também perdemos um grande vocalista e batalhador da cena.  Ficamos parados durante um tempo até “a ficha cair” mas logo nos levantamos novamente e demos seguimento a banda.

Qual a formação atual do Luciferiano?
R:  Atualmente o Luciferiano é composto por Antonio Gonçalves – guitarra, Gilson Mjolnir – bateria, Shemramforash Luciferiano – vocal  e Waldecir Monteiro – baixo.

Os trabalhos “A Face do Cão” e “O Opositor” adquiram respaldo e respeito perante os apreciadores do estilo, talvez pela grande criatividade e variedade que a horda apresenta, musicalmente falando. Conte-nos um pouco sobre o respaldo destes trabalhos, chegaram a ser lançados fora do país?

R:  Os álbuns “A Face do Cão” e “Opositor”  nos renderam críticas positivas e um bom número de apresentações nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, mas foram trabalhos que ficaram restritos ao nosso país. Talvez os selos Sonic Blaster , que lançou “A Face do Cão” e a Suprema Agonia Records , que lançou o “Opositor” tenham divulgado estes trabalhos no exterior.

O Luciferiano possui quase 15 anos de estrada, conte-nos sobre as experiências positivas e também negativas desta longa jornada no cenário underground.

R:  As experiência positivas ficam por conta das apresentações, viagens, festas, conhecer novas pessoas e novos lugares. Quanto ao negativo, sem dúvida está relacionada a perda de dois membros da banda, primeiro foi o Roberto de Almeida – guitarra (Agramariu) que cometeu suicídio devido a uma forte crise de depressão, e uns tempos depois, foi o falecimento do Geovane Poncio – vocal (Zortis).

Como é o cenário extremo em Joinville? Conte-nos um pouco também o cenário catarinense.

R: Atualmente estou morando em São Francisco do Sul, que é uma cidade litorânea a 60 km de Joinville, mas pelo que observo a cidade está  entre bandas de Heavy Metal e algumas de Death Metal, já aqui na cidade onde estou morando, por ser pequena, a cena está começando a se desenvolver. Já sobre a cena catarinense, temos ótimas bandas e uma boa freqüência de shows.

Já faz algum tempo que o álbum “O Opositor” foi lançado, existem planos para um novo trabalho, se sim, podemos espera-lo para meados de que data?

R:  Para este ano de 2015 ficaremos mais ligados em apresentações e divulgar um pouco mais o CD “Opositor” mas também já estamos pensando em novas composições para que em 2016 entremos em estúdio novamente.

Para finalizar, peço que comente 3 obras nacionais do metal extremo que vc ache que me merecem serem ouvidas pelos apreciadores do estilo.

R: Há um número enorme de bandas nacionais que estão fazendo um excelente trabalho, então prefiro não citar algumas para não cometer a injustiça de deixar outras tantas de fora.

Muito obrigado pela entrevista, Ficamos extremamente honrados, vida longa ao Luficeriano!

R:  Mais uma vez eu lhe agradeço Renato Nascimento pela oportunidade dada ao Luciferiano e esperamos poder ter contribuído de forma significativa. Grande abraço!


P.S: Sobre o hiato de um ano do webzine, farei uma matéria especial, tenho certeza que se criarão muitas inimizades, mas os reais ENTENDEDORES e APRECIADORES, não os farsantes metidos a extremistas que por trás do facebook são homens e pela frente devem ser uns "borra calças", entenderão nosso propósito, que é fazer o que poucos se propõe a fazer por aí: divulgar o idealismo e o propósito por trás da música, ao contrário desses webzines idiotas com perguntas tolas e superficiais que vemos por aí. Por enquanto é só, peço aos inimigos que se preparem pois vamos cuspir ácido, e estamos preparados para confrontos físicos.